É comum ver as pessoas tratando idosos como crianças, desconsiderando suas escolhas e opiniões, e os excluindo de conversas e discussões importantes. Esses são alguns pontos do que se caracteriza a infantilização.

Cometer esse erro faz com que o idoso se sinta diminuído e tenha sua autoestima afetada, “Na medida em que minimizamos sua autoconfiança e sua autoestima, o idoso é levado a ter um olhar sobre si mesmo como alguém frágil e incapaz”, explica Eloah Mestieri, psicanalista com experiência em bem-estar na terceira idade.

Para a psicanálise, a infantilização é uma forma de violência que gera traumas, ao afetar a autoconfiança acelera o agravamento geral.

Exemplos de infantilização do idoso

• Expressões no diminutivo (comidinha, roupinha, caminha);
• Falar apenas com o acompanhante ou como se o idoso não estivesse presente;
• Não inserir os idosos em programas como shows, teatros, festas e viagens em família;
• Não comentar e conversar sobre temas da atualidade;
• Desconsiderar a opinião da pessoa e o histórico dela em decisões como fazer festa de aniversário.

Esses são alguns exemplos do que se caracteriza a infantilização, porém, toda atitude que se tome desconsiderando a maturidade e capacidade física, também se enquadra.

Essa forma de tratamento afeta seu bem-estar, sua dignidade e sua saúde física e mental, que ao decorrer do tempo desencadeia tristeza até mesmo depressão.

Para não cometer esse erro e afetar diretamente a saúde do idoso, familiares e profissionais devem mudar totalmente essa postura, ajude quando for solicitado, mas sem tomar totalmente as rédeas da situação, incentive-os a concluírem as atividades e buscarem novos desafios, ouça-os com atenção e se adapte as situações, não desconsidere suas opiniões e os tragam mais próximos as decisões de suas próprias vidas.